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quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Nas paredes negras do teatro do tempo


Deixei esse trecho de poema envelhecendo a quase um ano. Inacabado, porque faltou poeta.
Hoje peguei-o, acidentalmente, e descobri que o poeta tinha ido embora, porque a arte estava completa.
Gostei de ver como algumas coisas esquecidas no tempo têm sua simplicidade, momentaneamente angustiante, maturada.
 
Escrevi nas paredes do tempo
As lembranças de um dia de sol
Sem bemol e sem punhal, guardei
No teatro da imaginação
Sem visão e sem camarim
Que sem o passo correto, beira a tangente da alma,
E a calma se esvai e o tempo despista a recordação
E o que sobra é negrume, é dor que lamenta a memória,
Doente das boas idéias, dormente.
(Pinheiro, João Pedro C. - 11/12/2012)