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terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Eu me deixo partir

Nas tortuosas paralelas dessa vida,
Onde caminhamos de mãos dadas,
Nunca tivemos nossas linhas trançadas.

Fizemos laços, pontos, costuramos,
Até corremos para chegar do outro lado,
Mas o limite guardava o mal aventurado.

Sem linha resistente, mas insuficiente,
Os laços mais fortes nos eram servis,
Sublimavam os rasgos, já pouco sutis.

Desculpe, mas chegou nossa hora,
Se apenas em retalhos para nos unir,
Eu te deixo partir, eu me deixo partir.
(PINHEIRO, João P. C. – 24/10/2012 – 15:08h)