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quarta-feira, 16 de julho de 2014

Doce ilusão

Doce ilusão que me cobre em desejos
Pedaço de céu que farto em gracejos
Quase intocável, quase inocente,
Me invade, inquieta, pelos meus bordejos
  
Cedo no tempo que corre apressado,
Tarde no espaço, profundo, embaçado,
Incerteza contida, incerteza latente,
Na ponta do lápis, detalhe traçado.
 
Sonho acordado o leve balanço
Inconsequente me largo, me lanço,
Preso na espera, preso na gente,
Quente em seus braços... amanso.
(PINHEIRO, João Pedro C., 16/07/2014 - São Paulo)