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quarta-feira, 13 de abril de 2011

Inverno

O frio do inverno gela meu leito,
Já não o floresce como devia,
Inunda-o todo com sua dor fria,
Trazendo apertado pra dentro do peito,
Quem a carrega, amarga, agonia.

Desbota como se dissesse adeus,
A brancura das pétalas amareladas,
Curvam-se todas, deitando caladas,
Fugindo à mira dos olhos meus,
Como sentindo-se jamais amadas.

Não tremo por ter frio, mas dor,
Dilacerante ao ver a ternura murchar,
Delicadamente presa em seu pomar,
Se eu aqui por ela tenho tanto amor,
Mas tão tolo que só a fiz machucar.

Se eu puder proteger-te do inverno,
Mesmo que seja em meu detrimento,
O faço só para ouvir seu o acalento,
Não me importo se enfrento o inferno,
Se você me sorrir por mais um momento.

(João P. C. Pinheiro - 13/04/2011)

Um comentário:

Pri ;) disse...

Eu acho que poderia se desprender um pouco das rimas e deixar fluir livrvemente. Porque há sentimentos aí, isso é inegável. Um texto escrito com emoção, não tem como estar ruim. Parabéns poeta :) hehe