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segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Quem dá as cartas é você

Escancare sua janela, abra a porta, bata o pé!
Esvazie a prateleira, jogue o lixo onde quiser!
Quebre o vaso, faça caso, perca o prazo, aperte o passo, rasgue o laço, queime um maço!
Pise fora desse mundo e não olhe para trás!
Ponha fogo na fogueira, veja o bem que ela te faz!

Na prisão te enclausuraram ou você que se rendeu?
Pois derrube essas paredes e proclame o que é seu!
Sem temor, sem pavor, sem horror, sem se por ou se opor.
Sinta a chama na sua alma acender-se outra vez!
Finde a sombra que te cobre e um dia mal te fez!

Seus demônios parasitas, sem miséria, alimentados,
Mas não esqueça quem dá as cartas, corta o monte e rola os dados!
Sua postura cabisbaixa não condiz com sua conduta,
Vive forte, vive sempre, vive intensa, mas não luta!
Abra os olhos, veja à frente, pois é só o que há pra ver,
Da loucura à sanidade, ambas matam se escolher.

(PINHEIRO, João Pedro Carbonari, 07/11/2011)

3 comentários:

Silvana disse...

Que lindo, meu lindo. É denso, profundo e ao mesmo tempo suave. Parabéns, me vi nesses versos.

Mayara disse...

Também posso dizer que me vi nesses versos. Muito bom. Parabéns!

Priscila Silvério disse...

Levante-se, aja, rebele-se, ouse! A gente acaba sufocado ou rendido mesmo nestas grades que o sistema nos condiciona a construir. São fortes e precisamos de palavras assim para lembrar de correr livre por aí de tempos em tempos. Gostei demais da construção, bem elaborada. A mensagem nem preciso dizer nada não é? Profunda e muito correta. Parabéns!