"Qual a graça de ser um poeta palhaço,
Que tira sorrisos, porém em vão,
Risadas ofegantes, mas sem paixão?
Qual a graça de ser um poeta palhaço,
Viver do riso e da sofregidão,
Da vontade e da desilusão?
Qual a graça de seu um poeta palhaço,
Que espera um pouco de compaixão,
Rezando aos terços na escuridão?
Qual a graça de ser um poeta palhaço,
Que faz-te rir nessa multidão,
Mas que te guarda no coração?
Que foje ao mago da ilusão,
Que grita a dor com pleno pulmão?
Que escondo o rosto atrás da mão,
Para não ver o amargo então?"
(PINHEIRO,João Pedro Carbonari. 26/06/2009 - 23:12)