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terça-feira, 2 de junho de 2009

Como um Cão Largado

Sinto-me um tolo. Um fraco.
Não sei ao certo o que faço.
Tenho aceitado restos de ossos já roidos.
E isso tem me dado um pouco de prazer.
O pouco prazer que sinto.
Sou como um cão largado.
Vivendo da caridade dos desesperos.
Pegando o que fareja o fucinho.
Mas farejando miudos.
Restos de prazer. Poças de lama.
Isso tem me suprido.
Quando o desespero cessa, eu sofro.
Barriga vazia.
Espero a caridade d'um outro desesperado.
E espero.
Como espero.
Não quero correr por carne.
Os ossos são tão mais fazeis de se conseguir.
E ficar sem eles é tão difícil.
Prazer não se acha fácil.
E eles dão o pouco de prazer que sinto.
Momentâneo, inconcistente, insuficiente, sem sentido.
Prazer.
Como um cão largado.
Com um ossos velho e roido.
Com o fucinho enfiado na lama.
Com os olhos vagando perdidos.

4 comentários:

~Lívia~ disse...

É engraçado que, pra tocar de verdade, não basta usar as palavras certas - elas têm que vir no momento certo, encaixar-se no que você sente.
Acertou em cheio, Johnny.

João Pedro disse...

Obrigado Livia ^^

Esse texto tem uma série de conotações diferentes e a cada momento q eu leio ele, soa como se eu tivesse querendo falar algo diferente... ligo ele a tantas coisas q as vezes nem sei c fiz com um propósito ou vário

Anônimo disse...

Realmente...pra quem compara amor com maionese...tem mais é que se contentar com ossos mesmo!! Mas cuidado pra naum morrer engasgado com um osso babando por um filé huahuahuahauhauhahuahuahauhauhauha

João Pedro disse...

Bom... quanto a maionese, ja foi respondido...
Agora, os frequentadores do meu blog sotumam ter um senso poético um pouco mais saudavel q o seu... e pegar as ideias por traz das palavras escarradas q eu jogo aki.
E é claro, c vc tivesse um pouco desse senso, não estaria tão indignada com certas analogias ou relação um tanto absurdas q alguns dos meus lados pode fazer.